sexta-feira, 15 de junho de 2012

Uma Árvore Chamada Terezinha

         Jacqueline Aisenman de azul, e sua árvore, Terezinha, observada por Rogério Salgado e por mim,  (Clevane Pessoa), no Jardim dos Poetas-Lagoa do nado, em 31 de maio de 2012.Salgado e eu  


Marco Llobus  marcara para 31 de maio, a segunda edição do Jardim dos Poetas(**):poetas que passaram pela Lagoa do Nado (*)em Saraus de Poesia , os que fizeram parte do histórico processo ...
A premiada prosadora e poeta Norália de Castro Mello estava nos primórdios da organização, em Brumadinho, de um  lançamento- do Varal do Brasil-2, onde estamos na qualidade de co-autoras e organizada por Jacqueline Aisenman a qual lançaria também seu próprio novo livro, "Briga de Foice", pela
Design Editora  , de Jaguará do Sul/SC, um belo trabalho editorial.jacqueline também é catarinense-e mora há anos, em Genebra.
Norália sonhava em reunir aqui, os co-autores mineiros.
Queria sobretudo, oferecer a Jacqueline a grande oportunidade de conhecer Inhotim (**).Mas as negociações se arrastavam, graças aos valores -e ela então, investiu potencialmente na Prefeitura de Brumadinho, onde hoje reside, que cedeu-lhe a Casa da Cultura-para a recepção de 01 de junho,hospedagem aos poetas e prosadores, várias benesses.A Secretaria de Cultura e Turismo entrou no esquema produtivo-e Norália pode contar com Juliana Brasil, Regina Esméria, Maria Lúcia Guedes, Maria Carmen de Souza, que se empenharam na decoração e na degustação de acepipes tipicamente mineiros juninos.Segundo comentários dos autores e convidados, foi uma grande confraternização-continuada em Inhotim e depois no Restaurante D.Carmita, com os lançamentos das antologias citas e livros dos presentes.
Bem, então, no Dia 31, aqui em Belo Horizonte, começamos a recepção à Jacqueline, que seria homenageada   junto com Diovvani Mendonça (leia-se Paz e Poesia ***) , no Sarau da Lagoa do Nado, no Restaurante D.Preta, reduto de poetas ,artistas e pessoas da Paz,  a convite de Claudio Marcio Barbosa , produtor cultural e poeta, que faz parte da família que administra o D.Preta.preparam um substancial prato mineiríssimo, o Feijão Tropeiro (****).
Foi organizada uma mesa de livros , para a degustação da mente e do espírito, por que não, do coração?Jacqueline recebeu as "Palmas Barrocas" -alusivas à arte sacra mineira, uma criação da artista de Sabará-uma das mais antigas cidades mineiras- Dirléia Neves Peixoto e que são parcimoniosamente distribuídas pelo grupo de Poetas Pela Paz e pela Poesia., grupo que realiza o Paz e Poesia em Belo Horizonte (*****).
No  D.Preta, , esperamos a chegada de Norália, que chegou com sua filha Daniela.Desse momento, participaram os poetas e artistas de Belo Horizonte, Marco Llobus, Neuza ladeira Rodrigo Starling, Iara Abreu, Maria Moreira, Adão Rodrigues, Fátima Sampaio, Rogério Salgado, Claudio Márcio Barbosa , Serginho BH (fundo musical ao violão) e eu. Co-autoras de outros Estados e cidades estiveram no congraçamento:Yara Darin, Maria Clara Machado,e, com Norália e Daniela, também artista, chegou a alegre Madhu Maretiori, que lançou  seu encantador "Em Nome de Gaia"- minilivro de grande conteúdo.
Bem, esse prólogo longo , mas necessário ao registro de nossa história de poetas, nos leva agora, à Lagoa do Nado.
Lá, além do mini tour pelo pulmão verde e suas águas, com passagem pela exposição a céu aberto da obra enraizada de Mestre Thibau., Jacqueline e nós, poetas convidados , fomos levados para plantar nossa árvore no Jardim da Poesia.
Quando saí de casa, sabendo que cada árvore poderia ser madrinha ou afilhada do poeta e o poeta  escolheria o nome de sua árvore, pensei em achegar-me a uma que desse muitas flores , para dar-lhe o nome de minha mãe, que adorava o verde.Eu andava daqui e dali, mas fui atraída por um cedro.Mesmo ele apresentando uma praga branca.Não consegui afastar-me das lindas folhas oblongas e acetinadas.Então, pensei:vou dar-lhe o nome de Máximo, pois meu avô ,paraibano,  trovador, cordelista e jornalista, repentista sonetista, que ensinou-me a metrificar e amar a poesia ainda no seu colo, não obstante árvore do gênero feminino na gramática, mas comum dos dois na espécie,Cedro sempre vai lembrar-me o gênero masculino.
Desejei muita sorte ao meu cedro-que cresça o máximo, seja o máximo-sobrenome de vovô, Luiz Máximo de Araújo  -pensei .
Depois de curtir a árvore que me escolheu, fui circular e quando Jacqueline Aisenman foi batizar a sua, ela disse-me;-Terezinha, o nome de minha mãe.
Fiquei literalmente arrepiada .Claro que o prenome da santinha de Lisieux é muito comum, mas eu, que vivo na memória e no imaginário, escritora que sou, logo pensei : -Mamãe, que adorava o pai, deu-lhe lugar.
E assim , toda vez que for ao jardim de nós,Poetas, no CC Lagoa do nado, vou acarinhar essas duas árvores:pela amiga distante, em outro país, Jacqueline Aisenmar e cultura o nome materno de ambas, e o d e vovô, meu mago iniciador que revelou-me a POIESIS, como soi ser, com autoria, orgulho e alegria ::Terezinha e Máximo.

Mais tarde, já em casa, li um texto maravilhoso, em Varal Antológico  2 de Jaqueline Aisenman ,denominado Pintura Ingênua, onde ela abre ao leitor o grande amor por seu pai  ("Meu pai, sentado na cozinha, palpitava a vida, dava palpites em tudo"), onde a mãe amada entreaparece, figura de fundo e de palco ,indispensável( "Ou ia pelos braços queridos de minha mãe,braços cheios de alma") .

Realmente , esse plantio para mim, transcendeu os objetivos lindos desse jardim de árvores: permitiu-me a sagrada memória familiar vir bailar conosco por entre as mudinhas esperançosas...

Clevane Pessoa de Araújo Lopes
(A Jacqueline Aisenman, agradecendo o convite para ser e estar em Varal Antológico 2:alegria e honra).

                                                                         ><

 Jacqueline, vendo nossos livros.Nas mãos, Sais-de Rogerio Salgado.Na pilha, meu Asas de Água e Nós, de Rodrigo Starling-entre outros.
                            Exemplaresde Varal Antológico- antologia coordenada por Jacqueline Aisenman
                                                 Livros e revistas onde estou ou de minha autoria.
 Café com Letras é da ALTO, em teófilo otoni e Lírios sem Delírios, meu livro mais recente (selo aBrace).
Revistas internacionais aBrace.
                                                      Convite para o evento em Brumadinho
 Seu Ribeiro, que lançou a antologia  “Festiverso: O desafio de repente na era digital’”. A coletânea  reúne  literatura de dezenas de poetas de norte a sul do Brasil participantes  do Festival de Repente Virtual “Festiverso
                              Livro de Marco Llobus:As Dores do Indaiá nas Memórias de Tapuia-selo Catitu.
 Livro de Rodrigo Starling, sobre voluntariado e sustentabilidade- que ele doa a instituições e pessoas interessadas no tema.
                                         Norália de Castro Mello e sua filha, artista Daniela.
 A matriarca, D.preta, com o mísico Serginho BH, que nos alegrou com sua música, durante o almoço..
 Acima, sobre o cartaz do evento em Brumadinho, Varal Antológico, o livro d e Neuza ladeira, Opúsculos-da anomelivros
 Antologia dos Juegos Florales do aBrace, bilingue, onde tenho poema e onde traduzi  para o Português os poemas em espanhol e livre interpretação, mas fiel ao contexto do autor.Um cartas, de meu poema Consumidores do medo, com foto de Marco Llobus e que saiu na antologia da editora Assis, de Uberlândia, dedicada ao tema do Medo, "Emoção repentina"-série Estações-sobre exempalres de O Sono das fadas-selo Catitu e perto dos posteres-revista do Paz e Poesia.
 À direita, Despalavras, coletânea de haikais, em bolsilivro, comemorativa dos cinco anos do virARTE, ao qual sou afiliada-de Sta Maria/RS -na capa, o desenho a pastel e nankim Gueixa Desconstruída é de minha lavra.
                                               O livro em miniatura, de Madhu, Em Nome de Gaia
                      Revista do Movimento Cultural aBrace-Brasil-Uruguai, que represento em Belo Horizonte-MG-onde escrevo, com autores de toda latinoAmerica.
               A antologia Varal Antológico 2 e o livro de poemas de Maria Moreira, que prefaciei.





(***) Inhotim-MG-Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, mundialmente aclamado.


(*)Lagoa do Nado:onde, em 1992, Belo Horizonte inaugurou o primeiro  Centro Cultural, o Lagoa do Nado, na Regional Norte da capital-depois , muitos outros, uma descentralizada abertura cultural imensa!


(**)As comemorações dos 20 anos do CCLN, foram marcadas pelo plantio de 20 mudas de árvores  pelos poetas fundadores do "Sarau de Poesias/Estação Permanente da Poesia".Marco Llobus, o idealizador, que ali começou a ser poeta muito novo, obteve licença para a criação desse “Jardim de Poesias”. nessa abertura, foi convidado especial o poeta e cantador Seu Ribeiro, que lançou a antologia  “Festiverso: O desafio de repente na era digital’”. A coletânea  reúne  literatura de dezenas de poetas de norte a sul do Brasil participantes  do Festival de Repente Virtual “Festiverso”


(***) Inhotim-MG-Museu de Arte Contemporânea e Jardim Botânico, mundialmente aclamado.

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