segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Rememórias de Alfenas (1) -Sombras na Vila Formosa-Edson Antonio Velano-e surpeendentemente, eu,Clevane .
Andando hoje em busca de rememória comprovada, chego a um link:http://www.unifenas.br/40anos/dowloads/Sombras_na_Vila_Formosa_-_Edson_Antonio_Velano.pdf
Começo a ler, quando leio "Unifenas", pois minha tia Mariantonia Lomonte de Araújo, casada com o mano mais velho da mamãe, Jandy Solimões de Araújo, morava em Alfenas, Sul de minas .Seu pai,muito conhecido-o velho e belo italiano Sr.Leonardo Lomonte- seu mano, Maurício Lomonte, e as manas, Margarida-a quem chamavam Garida e Cidina-A Aparecida (Cidinha, Cidina) , professora que me levava, quando eu por lá de férias, a declamar poemas de Bilac e Vicente Guimarães-além dos meus próprios, quando eu tinha uns dez anos e lá ia eu, que era tímida-até para contar de min ha timidez, vestida de rodado vestido de tule cor-de -rosa, todo enfeitado de pequenos buquês de flores, de sala em sala do Grupo Escolar, "para mostrar como se deve interpretar um poema", diziam-me...
Já no segundo capítulo, encontro-me mencionada, tendo o nome ligado ao meu inesquecível amigo José Monteiro de Magalhães Vianna (Monteiro Vianna), artista e poeta português que morava em Juiz de Fora.
Antes, eu já encontrara-me em trabalho de faculdade de sua bisneta (*), que pensava que eu era um "amigo" do bisavô.
O autor do livro chama-se Edson Antonio Velano e esse belo livro de memórias cita muitos nomes da época, é mesclado à historia universária de Alfenas-com todas as impliações político-sociais...
Nesse cito capítulo, ele conta sobre Maria José Monteiro da Costa, que jovem viúva, viera morar em Alfenas-sendo filha do meu caro amigo de "brancabeleira", conforme eu lhe dizia , num poema, dos cabelos fartos .Publica a carta que recebera dela e que assim é concluída:
(...)"Velano, esteja certo de que, como você, guardo no meu
coração ‘as noites de verão, a praça, as orquídeas’, e o povo
maravilhoso dessa cidade que me recebeu de braços abertos,
a mim, na época, ‘uma jovem viúva que viera trabalhar no IAPI’.
Com um abraço de
Maria José Monteiro da Costa”
><
Então, o autor continua-e é onde chego a meu nome:
"Pela carta, seria possível reviver, de passagem, os anos 60. Naquela noite, dona Maria José Monteiro colheu flor da praça a entregou ao seu noivo. De longe o testemunhei. Não poderia deixar de relatar nas minhas lembranças esse gesto de ternura.
Junto, recebo o livro Mutações, de seu falecido pai, Monteiro Viana. Quem apresenta o livro é Clevane Pessoa de Araújo. Não conheço pessoalmente Clevane, nem sei se mora ainda em Juiz de Fora. Pelo nome, deve ser a mesma Clevane que tinha seus poemas publicados no jornal “O Alfenense” da época. Se for a mesma pessoa, revive-se mais do que duplamente o torpor: redescobri dona Maria José e fico sabendo de seu paradeiro; reli Clevane Pessoa de Araújo e tomei conhecimento de que Monteiro Viana – o pai da primeira – escrevia e pintava, com talento: “Passo a passo vou chegando ao fim/ Empurrado não sei por quem/ Não há deter, não há parar/ Sou? Fui? Vou sendo? Chegarei mesmo assim?”(...)_
Achei isso fascinante, afinal, não havia Internet nesses anos citos e afinal, tenho um registro de que escrevia em O Alfenense, do qual guardei por muito anos o s exemplares,mas numa tempestade em S.Luiz, no maranhão, onde morei nos Anos 80, a casa encheu de água-qual uma banheira gigantesca e as primeiras prateleiras de minha estante foram invadidas...Papel molhado , cola-se um ao outro, papier machê, além de dar de cara comigo mesma, reencontro Monteiro Vianna.Então, continuo a ler e descubro, á página 45, menção a margarida e Cidinha Lomonte, tias de minha querida prima Solimar, que mora em Campanha, também no Sul de Minas, Circuito das Águas Na página 46, o tio dela, Maurício Lomonte-eles tinham bar, teatro de bolso, pizzaria-um complexo cultural de esquina naquela cidade universitária, muito frequentado e conhecido...Depois, na página 69, fala de uma Tânia Lomonte, que deve ser parente, e nas pgs 105 a 106, menciona que no aniversário de Ivone Martins, era Tio Maurício quem colocava, na hora certa, um disco esperado.
bem, agora passa da meia noite treze minutos-e estou ainda na página 107.
Amanhã, se encontrar mas algo que pertença também à minha memória, vou escrever mais.E se não, falarei de minhas lembranças de Alfenas, onde tia Mari (Mariantonia ), tinha farmácia, era farmacêutica e muita linda.Mas vou mandar, de imediato, o link desse e-book para sandra, filha de Solimar, filha de Mariantonia...que agora mora em SAMPA.Para ela enviar à mãe e ao tio Leonardo Luiz.
O saboroso documentário conta não apenas-embora sobretudo-de alfenenses, mas lembra lindas velhas figuras de época em vários campos, do literário ao médico -muitos deles já tendo deixado o Planeta.
prato cheio para quem, qual eu mesma, adora segurar os fios da rememória para nao deixar que os fios escapem e os balões do tempo fujam para o azul absoluto.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Belo Horizonte, 15 de janeiro de 2013
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