quinta-feira, 10 de janeiro de 2013
Apenas ele, sua Voz e os Jornais-Clevane Pessoa, para fernando Barbosa e Silva -CAMA DE PAPEL, poema de Fernando Barbosa e Silva
Fonte da imagem (aqui, selecionada para mera ilustração) :http://blogdostanis.blogspot.com.br/2010_03_01_archive.html
http://clevanepessoaeoutraspessoas.blogspot.com.br/2007/09/apenas-ele-sua-voz-e-seus-jornaispara.html
Apenas ele, sua voz e os jornais
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Quando ele era pequeno e ralava os joelhos,
corria para a mãe curar os ferimentos.
Agora, ninguém cuidará dele se tiver pneumonia
Se sofre cólicas ou cefaléia.
Já cansou de aparar a unha em cunha do quarto crescente.
Nenhuma tesoura possui para aparar as suas.
De engravidar a lua que cíclica, vai-lhe parir um plenilúneo.
O ouro do luar, não dá para comprar pão, Poeta.
Apenas doura seu coração insensato.
Ah, se tivesse , então, batido seu prórpio retrato, reconhecer-se-ia hoje?
A lua minguante , minguada como ele, fruto
de sua própria fome, o enche de nostalgia.
Sem ninguém para dialogar,
monologa roufenho consigo mesmo.
Representa um auto de solidão insuportável,
Agora.
Uma noite, vê a cabaça da Lua Nova, à espera da plenificação.
Deflora-a para conhecer os segredos da re/flor/ação
Resolve retornar à sua antiga vida, agora vida nova.
Em cova de sete palmos, que cava com as próprias mãos,
Enterra dúvidas, revoltas e ais.
Lava a alma na cascata dos sonhos e da esperança.
Apanha seus bens parcos e quase inúteis.
Carrega com os objetos baratos, a cornucópia da poesia.
A que permaneceu acesa dentro dos pulmões
E regulou a chama trina, no coração.
E retorna a si mesmo,e consigo viaja, no olongo camonho de volta.
Apenas ele, sua voz e os jornais...
Clevane Pessoa, para Fernando Barbosa, esta alegoria.
Belo Horizonte, 19/09/02
A alegoria acima, que representa o jovem , a fuga, a drogadição ou o álcool, é uma alegoria que responde ao poema de Fernando Barbosa, a mim dedicado (em www.notivaga.com):
C A M A DE P A P E L
C ADA VEZ QUE
A LÍ DEITAVA, SENTIA
M EDO QUE NO DIA SEGUINTE
A S DORES AUMENTASSEM AINDA MAIS.
D E UM LADO PARA O OUTRO ROLAVA NA
E SPERANÇA QUE AQUELE MONTE DE
P APEIS JORNAIS,
A QUECESSEM MEUS
P ÉS, ESFRIASSEM MINHA CABEÇA E
E LEVASSEM MEU ASTRAL. ISSO PARA NÃO FICAR
L OUCO. CADA VEZ MAIS LOUCO.
Esse poema,dedico a Clevane Pessoa, por ser um texto que se tornou pra mim a base do meu espetáculo de teatro "Brinquedo Proibido".
Em uma de suas visitas ao Espaço Cultural Casa do Fernando eu tive a oportunidade de apresentar para ela e convidados, teatralmente falando,
esse poema.
Fernando Barbosa
Dedicado a dedicado a: Clevane Pessoa & leitores do Site
Data 15/09/2007
clevane pessoa de araújo lopes < clevaneplopes@gmail.com>
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