terça-feira, 20 de novembro de 2012

Rememória-Joaquim Evónio, por Clevane Pessoa





Clevane Pessoa entre Pessoas
Poema para Joaquim Evônio e poemas de sua lavra
Joaquim Evônio é pessoa generosa, talentosa, que nos oferece espaço em sua Varanda das Estrelícias(strelitzias).E paciente.
De vez em quando, envio alguma colaboração para um endereço dele que não o esperado para tal.Ele então reenvia a chamadinha delicada.
Gosto muito do que ele escreve e sempre tenho desejo de lhe agraecer pelo belo sítio que me oferece, numa caudal de generosidade.
perdi a oportunidade de conhecê-lo quando esteve no Brasil para a Semana do Esritor que Douglas Lara promove em Sorocaba, qundo lança o RODA VIVA, uma antologia "de peso".
Visito-me e encanto-me com a alegria do sitio:gosto dessa hospedagem lida.Visitem-me (e depois aos demais autores e ao próprio Evonio):
Quero retribuir e passo a publicar seus poemas, dos quais gosto, não apenas porque sua alma de artista produz uma POIESIS pictórica, mas ainda pela leveza do verbo, o ritmo característico dos versos que são facilmente decorados, repetidos, ótimos para declamar.
Joaquim Evônio, é desses poetas qe não sopesam com excessos a estrutura do poema:tem o dom de , com poucas palavras bem alinhadas e eminhadas na balança da beleza, dizeru tudo que deseja - e cabe a nós reinterreta o poema ou advinhá-lo a maior - basta acompanhar seu vôo.
O artista abre os campos de seu self e mostra-se sensível ás estrelicias.Fotografa o jardim matrno.Coleciona imagens que nos maravilham .A flor da estrelícia, que contém cores e delineia um erfil de ave, conforme o ângulo, um bico de beija-flor,parece-me a prórpia representação do "poetamigo"(*) luso.
Descendente de portugueses, carrego atrelado ao nome , o sobrenome Pessoa.Isso enche-me de alegria ("atrela o tu arado a uma estrela")...E sigo arando a alma,onde o grande Pessoa fez colheita de semeadura mágica.
Sobretudo, gosto desse facies do Joaqim Evônio,de pessoa voltada pelo OUTRO, desse sorriso e dessa barba argêntea.E, ladra bem intencionada, captei pelo Google essa foto.E não é a primeira vez, mas sei que serei perdoada.Mais uma vez.Como resistir?
Uma vez, fiz para ele um poema sobre mãos queimadas -numa ocasião em que as teve assim e todos os amigos mobilizaram-se para mimá-lo.
Desta feita, volto às mãos. Mas mãos-asas
Mãos-asas
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
(para Joaquim Evônio)
Sim , sei que a pele reconstitui-se miraculosamente.
Qua o fogo não logrou o êxito da semiternidade.
Livres, tuas mãos voam migratórias
para cumprir seus ternos e tensos, seus perenes e ciclos.
Tuas mãos -asas, de artista e bardo,
em poemas e debuxos,
escrevem meras, descrevem luxos
desses que apenas os poetas renomeiam
com tal nome.
preciosas -mãos:tatalar de criatividae,
veloidade adeqüada:
reinterpretas a prórpia inspiração
e a verve sai perfumada,
nuvem de indagações e de delícias,
ao olhar, um jardim de estrelícias,
vistas do avarandado olhar,
entressonhado entre os cílios.
Clevane Pessoa de Araúlo Lopes
Belo Horizonte, Brasil, em 07/07/2008
E agora, a enxurrada cristalina de sua chuva poética:
MENINAS DE GUERNICA
Tanta energia perdida
- pensou a bomba no ar
e os seios das meninas
inflaram só uma vez
antes da morte os levar
TEJO À NOITE
São luzes antropomórficas
verticais e embuçadas
a verter sombra no Tejo
mas recebendo os reflexos
das irmãs da outra margem
em estuário se abrindo
e levando para o mar
as mágoas e alegrias
tiradas às nossas almas
navegantes como outrora
os torreões levantados
fortalezas junto ao mar
são sinais do meu passado
e prenúncio do além
dum momento para o outro
o vento alevanta o rio
e as fragatas sonolentas
acordam em sobressalto
alvorada do amor
nasceu para toda a gente
em busca do universo
e as águas então paradas
espelho da noite alfim
revoltam-se alvoroçadas
vão a caminho da foz
e levam a nossa alma
que já era apenas uma
e toca nas duas margens
numa cantata de espuma
joaquim evónio
Chapitô, 13 Nov 06
CARAVELA
Tanto naveguei
e nem uma caravela
de tantas que naufragaram
me deixou uma só vela
uma estilha de saudade
APARIÇÃO
Um dia
na sala onde estiver
há-de entrar uma mulher
com fogo no olhar!
É a mulher
que sabe o que quer
e vem para ficar!
Joaquim Evónio
Remador
sou um remador
passei a vida a sonhar
cada vez mais longe...
repousou o teu olhar
na palma da minha mão!
MORTE SOLITÁRIA
Tudo rejeito,
nunca pedirei socorro!
Hei-de morrer só e de pé
e saberei sempre do que morro:
Do excesso e da falta de fé!
Conforme escreveu nossa Poeta Cecília Meirelles, "que em sendo a Terra redonda/um dia nos encontraremos".Penso que ficaríamos horas a falar sobre flores e de versos...
Clevane Pessoa de Araújo Lopes
Poeta Honoris Causa pelo Clube Brasileiro de Língua Portuguesa, para oito paíeses lusófonos.
Diretora Regional do InBRasCi.
Clevane Pessoa de Araújo Lopes, nordestina de S.José de Mipibu, RN, mora em Minas Gerais desde a infância, tendo retornado à capital mineiro depois de dez anos no NE(S.Luiz, Maranhão) e N( Belém,Pará).
É psicóloga, tendo estudado no CES em Juiz de Fora até ao oitavo período.Por motvo de enlace, com o engenheiro civil Eduardo Lopes da Silva, mudou-se para Belo Horizonte e concluiu o curso na FUMEC.
Escreve  desde a infância e poesia a partir dos dez anos de idade.Palestrista, oficineira, em temas literários ou de psicologia, é desenhista e gosta da beleza-em todas as suas fontes vertentes.
Embaixadora universal da paz (Cercle Univ.de Les embassadeurs de la Paix-genebra, Suiça), poeta Honoris causa pelo CBLP,para oito países Lusófonos, Patroness da AVSPE, Diretora regional do inBrasCi em Belo Horizonte,Integra a rede Catitu na Núcleo de Entrevistas Clevane Pessoa entre Pessoas,é Representante do Movimento Cultural aBrace (Uruguai Brasil), na capital mineira e é Delegada da ALPAS XXI por MG e bahia.Pertence á Academia de Trovas do RN desde 1968 e a outras academias literárias , na qualidade de Memebro Correspondente.Nos Anos 60/70,foi nomeada Delegada Ad Honoren," com todas as honras de representação distinguida", do Instituto de Cultura Americana,registro 5041-França, Paris, UNESCO, pela filial do Uruguai e da ARIEL (Associação de Livres Pensadores), pela filial de Portugal.Graças a esse dois últimos cargos, forneceu cartas de apresentação a artistas e poetas brasileiros,que dessa forma, escaparam da Ditadura Militar e puderam sair do País.
É mãe de Cleanton Alessandro (Allez pessoa, contrabaixista e desenhista e Gabriel (massoterapeuta),viúva de Eduardo Lopes da Silva.

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