segunda-feira, 26 de março de 2012




A presidente de A palavra do Século XXI, Rozélia Razia, de Cruz Alta, nos faz esse belo convite:

"Convite


Atividades: Semana do Livro: 18 a 23 de abril 18 de abril – Dia do Livro Infanto-juvenil emhomenagem a Monteiro Lobato.

Palestras sobre a leitura e a escrita literária nas escolas.

Apoio:Prefeitura Municipal de Cruz Alta - RS 

23 de abril – Dia Internacional do Livro em homenagema Cervantes e Shakespeare – instituído pela UNESCO 

Os autores ligados à ALPAS 21 realizarão atividades artísticas, culturais eliterárias e farão distribuição de livros nas praças de diversas cidades doBrasil e do exterior. 

Os autores do Brasil e do exterior podem realizar atividades enviar o relato e fotos para a ALPAS 21. Todosos relatos serão enviados para a UNESCO"

Nossos aplausos para essa iniciativa.Por favor, na medida do possível, divulguem, publiquem, participem! Agreguem-se para realizações e mandem seus relatórios e fotografias! 

Clevane Pessoa
Representante da ALPAS XXI em Belo Horizonte-MG

Nas fotos:Clevane Pessoa ...Imagem meramente ilustrativa.

domingo, 25 de março de 2012

Nildo Pessoa -Portrait de Karl- Claudio Augusto de Miranda Sá.;


webdesigns de Nildo Pessoa:Portrait de Claudio Augusto de Miranda Sá-, Karl,-artista, massaterapeuta e poeta- que nos deixou

Rememória :

QUINTA-FEIRA, 8 DE MAIO DE 2008


Claudio Augusto de Miranda Sá



Imagens:leão, porque tinhas olhos leoninos, leãozinho, nascido no último dia do signo...
Anjo enlutado.


Ligavas e dizias que virias pelo natal.Mas que antes,eu fosse te visitar, amigo velho.Em nenhum momento,eu te disse que iria.Dizia que não podia,sempre o trabalho, as obrigações...
Mas que viesses passear, meus filhos te hospedariam.Teu espírito hedonista não entendia bem meu espírito comedido.E, no entanto, apesar dos caminhos sempre paralelos, quando nos encontrávamos ao longo de quarenta anos,era uma festa de rememorações.Celebrávamos os jovens que fomos, que viveram em uma Ditadura e muitas vezes tiveram o coração apertado à notícia de algum amigo preso, ou desaparecido.
Quando fomos entrevistar Poerner e Carlos Heitor Cony, soldados com metralhdoras nos impediram a passagem, mas fomos ao hotel onde estavam e conversamos longamente com eles.No outro dia, o jornal ostentava a entrevista.Nem sei se era coragem, talvez a ousadia dos jovens , apenas.A falta de alcance com as possíveis conseqüências.Mas também , naquela época, pouco sabíamos dos acontecimentos marrons e vermelhos dos porões .
Ou quando teu Gordini parara na linha de bonde .Vínhamos do morro ,de uma camaroada,onde a Escola de Samba Feliz Lembrança,comemorava uma vitória no carnaval de Juiz de Fora.Depois de muto som , declamaste um poema magnífico sobre as mãos de Cristo-e muitos choraram.Tínhamos de ir no Clube Sírio Libanês ,fazer a cobertura do desfile da Fhenit, o "Momento 68", onde Raul Cortez e Walmor Chagas declamavam poemas, Eliana Pittman cantava, Caetano Veloso e Gilberto Gil também (ninguém diria, ao vê-los no palco, da espada sobre suas cabeças).
Bonde empurrado , eu precisava estar mais refinada que estava.Saíra à tarde, para entrevistar tua mãe, que recebera um prêmio de cerâmica na SBAAT e estava hospedada no Pálace Hotel, porque torcera o tornozelo e teu pai achara que lá, teria mais conforto, já que o caçula, tu, vivia a viajar para a Bardhal.Vestia uma "maxi-saia" de feltro vinho.Rindo, com aquela risada inconfundível, disseste que colocasse teu chapéu , também de feltro daquela cor.Desabaste o dito cujo e o colocaste em minha cabeça, sobre a longa cabeleira negra.Ao entrarmos, todos se voltaram, mais porque teus quase dois metros e os cabelos louros até aos ombros, só não chamariam a tenção de um cego.
Mas o que me marcou neste episódio que hoje relembro, foi que após tua mãe e nós almoçarmos, pediste que a copeira embalasse tudo que sobrara.Observei, sem saber o porque e nada disse.Então, na rua, saíste distribuindo aos teus pobres, os sem teto, a boa comida do Hotel.E te vi fazer isso muitas vezes.
Hoje, fazem cinco meses que te foste.Na mesma data em que John Lenon se foi.Que meu mano,Nildo, teu amigo, faz aniversário.
Um rapaz que te ajudou, com Amanda a noiva, e de quem me falaste ao contar por telefona ,que a cadelinha Linda Chaia dera cria, dez filhotes,encontrou-me pela Internet.Procurava teu nome, achou minhas crônicas.
E foi assim que eu soube que morreste sozinho.O que alimentava os famintos, morreu sozinho e sem ajuda, no velho chalé que reformara antigamente com tanta alegria.
Minha mãe, enfermeira, que ajudara tantas pessoas em sua passagem, com orações e carinho, cuidados profissionais, nos hospitais onde trabalhava, morreu em acidente,num estrada, sem ninguém que lhe segurasse a mão.
Pensando nessas coisas, baixo a cabeça e choro.Mas não quero lembrar dessa ida para outra dimensão e sim , de teu riso alto, de ti em pé num auditório, aplaudindo a arte de alguém , alto e belo, uma aura de luz sempre emanava de teus cabelos claros quando a luz incidia sobre elas.De quando chegaste às pressas, pois irias a Bicas, para levar tuas telas e querias que eu também concorresse.Pacientemente esperando que fizesse um quadro a lápis azul , de meu maninho que tem Síndrome de Down , ao qual intitulei, para preencher a ficha de inscrição:"Pequeno Mundo do irmão Caçula".Fui Menção Honrosa.Graças à tua generosidade em se lembrar dos amigos.
Eu amava quando assobiavas, sem parar, "Preta, preta, pretinha".Quando abrias a pasta e tiravas cartões com mantras budistas.Quando íamos almoçar no Restaurante Naturalista-uma novidade na cidade.
Lembro alguns versos teus, que poderiam ser teu necrológio:

"Tenho duas pernas e dois pés, e sob eles, terra".

Era um belo e longo poema que publiquei na Gazeta Comercial.Teu recado para o poder:posso ir a qualquer hora...

E uma trova, onde evocavas a filosofia de Ho Chi Min:

"Sofre o arroz no pilão.
Vejam que brancura após"(...)

Dizias que querias vir pelo natal, para eu te relembrar teus próprios versos,perdidos ao longo das fugas para parte alguma.

E ontem , tua idosa mãe -teu amigo conta-me que preservavas o quarto dela- tão longe,em Campo Grande,por telefone, contou-me que em meio às tuas coisas, chegou-lhe também meu presente ,que havias comprado para trazer-me no natal que não alcançaste :um colarzinho ,escrito "Índia', e que já lhe havias dito que era uma homenagem à minha ascendência.E ela me diz:"Você e foi o seu grande e eterno amor".Então, desabo.Por que não fui te visitar ? Quando não chegaste, pensei que estarias em Recife, com teus filhos.Talvez pensasse que estavas casado novamente.Ou tenha me esquecido que já eras um ancião.Esse rapaz sensível, Henrique e sua noiva Amanda, que te ajudaram a doar os cachorrinhos, querem te lembrar com aquele olhar que , a tudo custo, querias que parecesse leonino:teu signo.Felino, sim, mas apenas um gatinho.

Talvez tenhas morrido sozinho porque éramos os mais jovens do NUME-Núcleo Mineiro de escritores- e quase todos os nossos amigos poetas já se foram.Fosse naquela época, estarias cercado daqueles nossos "tios" maravilhosos.
Bem , agora é um consolo pensar nisso:sei que te esperaram em corredor, para aplaudir-te quando passaste para essa nova vida, tão melhor.Da mesma forma que te aplaudiam quando declamavas.
Paz e Luz.

Clevane Pessoa de Araújo

Fonte Original da publicação,meu blog http://chamarteblogspotcom.blogspot.com.br/2008/05/claudio-augusto-de-miranda-s.html




Trabalho de Deolinda Cornicelli Beosi, no FERA-Maringá -PR, poemas dela e meu s dramatizados por suas alunas.

"FERA
Festival da Rede Estudantil do Paraná

Homenagem aos Cem Anos de Imigração Japonesa no Brasil

Apresentação do
Poema de Clevane Pessoa de Araújo Lopes
"O Milagrama"


 Apresentação no Projeto FERA em Maringá-PR
 Adaptação do poema de Clevane com Ascenção Japonesa de Deolinda

 Aluna Viviani Emocionou a platéia, quando suja de "sangue" pela encenação de O MILAGRAMA, sopra as cinzas que sobraram das Cidades de Hiroshima e Nagazaki"
  

Aula de Arte 

Fonte: http://auladeartenestor.blogspot.com/2010/09/fera-festival-da-rede-estudantil-do.html

                                                               ><***><

Postado pela Professora paranaense Deolinda Cornicelli Beosi, também poetisa e artista visual  (leia abaixo) .

Com sua alunas da cidade parananense de Pérola, apresentou a Ascenção do Povo Japonês, no centenário da imigração ao Brasil, usando os poemas Milagrama  (sobre Hiroshima e Nagasaki )  e Porque abraço o Mundo, de Clevane Pessoa.

Deolinda encontrou os poemas pela Internet e escreveu um e-mail  solicitando autorização para usar nessa encenação proposta para o Festival Estudantil em Maringá (FERA com Ciência).

Daqui de Minas, acompanhei emocionada , recebi significativas e lindas fotos  (veja acima)  , li no Orkut e em impressos enviados pelo Correio, pela dedicada mestra, poetisa e artista...

Hoje, em 20/10, tenho o prazer de receber um e-mail de Deolinda Cornicelli Beosi, dizendo dessa postagem .Há algum tempo ela me disse que volta e meia, apresenta a seus alunos esse poema Milagrama e as meninas o interpretam.

Fiquei alegre, honrada e orgulhosa por esse tratamento dado a meus versos por quem sequer conhece-me pessoalemtne.

Isso, um exemplo das benesses da Internet, quando a rede é posta a seviço da Cultura, da Memória e do Bem..

Clevane Pessoa

Belo Horizonte, MG

Obs:
Ao colar aqui, as legendas ficaram desconfiguradas, por isso, vá conhecer o ótimo blog "Aula de Arte Nestor"(endereço eletrônico acima) 

Conheça o blog da poetisa  Deolinda Cornicelli Beosi:

http://artepoesia13.blogspot.com/

Eis seu poema também apresentado no FERA:


E o gentil e-mail:


"Olá querida poetisa Clevane...
Fiz um blog com meus alunos sobre as aulas de arte e postei lá algumas fotos das alunas declamando o Milagrama... Faça uma visita... (auladeartenestor.blogspot.com) e outro em que postei meus livros, meus anseios e receios, conto e imaginação... Visite também (artepoesia13.blogspot.com)
Um grande abraçoooo...."

Eis os poemas de Deolinda beosi, apresentados, com os meus, no FERA de Maringá:
ASCENDÊNCIA JAPONESA

Por Deolinda Cornicelli Buosi.


Japão, terra formada de ilhas banhadas pelo mar...
Seu clima e estação variam muito, dependendo do lugar!
Tóquio é a capital. O chá é como um ritual...
Terra de plantas e animais de belezas sem igual!

Depois de São Paulo, o Paraná é o maior estado de concentração Nikkei do Brasil.
São filhos, netos e bisnetos dos japoneses que nesta terra surgiu!

Os primeiros grupos de japoneses que migraram para o Paraná se estabeleceram no litoral...
Estes filhos do Sol Nascentes sofreram muito durante a Segunda Guerra Mundial!

Somente na década de 50, que a integração tomou novo impulso... Determinação pura!
Então eles passaram a desenvolver outras atividades, além da agricultura!


Queremos fazer um elo entre as nações e raças que aqui há!
E com grande carinho queremos homenagear, quem contribuiu para o crescimento do Estado do Paraná!


Shoyo, sushi, sashimi, yaksoba, sukiyaki! São delícias da culinária!
São pratos saborosos dessa gente extraordinária!

Ofurô, uma banheira de água quente,
É como um banho de cultura, dessa raça, dessa gente!


Leque para abanar,
Quimono para vestir...
E pauzinhos para comer!
No chão é bom sentar,
Isso é o Japão..., Pode crer!

DESTRUIÇÃO

Por Deolinda Cornicelli Buosi.



Agora jaz no chão sem vida, os alegres marinheiros!
Nas covas serão abandonados com as balas transpassados de um lado a outro!
Estão mortos e agora arrefecem!

A guerra não tem lado humano!
Tem apenas sangue, braços estendidos e olhares perdidos!!!

A bomba atômica também não tem piedade!
Corrói, destrói e arrebenta, pessoas de todas as idades!
O pobre, o rico, o doente, o forte, o fraco, o culpado ou o inocente!!!

Jaz! Todos mortos e apodrecem,
Não se ouve os clamores nem as preces!
Tudo está tombado no chão!
É o poder das armas, das bombas! Da destruição!

><**><

E meu poema Milagrama, que republico para os que ainda não conhecem (Marco Llobus criou um poster para essa data, com esses versos):

MilagramaClevane Pessoa de Araújo Lopes
Um cogumelo de fumaça imensurável
resulta da bomba
insulta a pomba da Paz,
que enegrecidas penas,
revoa a fremir de dor,
gorgulhante...
e as penas se desprendem.
Quais as peles das pessoas.
Os olhos se enevoam,
mil tipos de cãncer
desorganizam as células
ou as célula,desorganizadas
provocam mil tipos de Câncer?
Fogo na garganta,voz trancada,
vozes em sussurros,
vozes aos gritos...
E o Cosmos, perplexo,
porque o resto da humanidade perplexa
vira o rosto,
não faz o gesto,
a sentir-se impotente...
Mas o povo japonês se refaz de si,se reconstrói
e "da solidão de Hiroshima",
que tanto impactuou o jornalista atento,
o trovador solidário e observador,brotaram as flores do potencial humano,
testadas à exaustão.
E nasceram novas Horoshimas e Nagasakis,
mesmo que os criminosos
que pensam serem donos do Poder
(NÃO o são,"Não o são")
continuem impunes,
o que importa,nesses sessenta anos,
é que as duas Phoenix se ergueram das próprias cinzas!

Clevane Pessoa de Araújo Lopes (da série Paz em Qualquer Campo)
Belo Horizonte,escrito em 05/08/06,pois em 06/08,lembramos os sessenta anos desse horror, pois para que haja PAZ, infelizmente é preciso lembrar os horrores das guerras...














 Rememória:FERA-Festival Estudantil_Maringá-Paraná.

Dramatização-roteiro da Professora deolinda Cornicelli Beosi
Nossos poemas, dela e meus (ver abaixo)




As poetas Monica Rosenberg e Jane Rossi lançarão em breve antologia com poetas selecionados .