de cantar cada canção/escrita a todo minuto/em ternos e fortes arranjos/feitos por lindíssimos anjos/que descem a cada instante/ a encantar a alma amante/e então/enquanto não um sozinho, mas a metade de um par/vocês se põem a cantar!
Clevane Pessoa-para Marcos e Michelle.
Belo Horizonte, sábado, 11 de agosto de 2012
sábado, 11 de agosto de 2012
MM-para Michelle e Marcos -Clevane Pessoa
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
Ím/pares--Enlace -Clevane Pessoa
Enlace
Mais um passo em direção ao futuro.
Um passo os sonhos caem conosco
Em direção ao abismo.
Ou um passo e os sonhos gestam novos sonhos,
a voar além das aparências.
Um passo e o medo se instala.
Ou, um passo, o medo cala
e adormece.
Tu
do depende do Outro
com quem chegamos de mãos dadas
à beira dos precipícios
ou em desabalada corrida pelas planícies
convidativas
à frente de dois olhares, agora.
Clevane Pessoa (da série Ím/pares ) _
9 de agosto:Dia das Populações Indígenas-!Onde Mora seu Coração-Claudio Bento ora
Na imagem,cartão,de postais antigos (cedidos por Marie Lieux), indígenas desgarrados de sua tribo, fotografados em uma experiência de poses, na França, onde o olhar triste de todos, demonstra essa dor por aquilo que foi deixado para trás.
CLAUDIO BENTO:ONDE MORA O CORAÇÃO INDÍGENA("Onde Mora Seu Coração"
O poeta mineiro Claudio Bento,atende à nossa chamada nos envia seus versos.Neles, o poeta passa claramente, a idéia de movimento, a migração, corroborado pelos gerúndios ("procurando o rio"/"procurando a identidade perdida")a mostrar a busca por essas raízes:usa a linda metáfora da veste :"...vestidos de pobreza e solidão", o que acentua o tom pungente, desse retrato em movimento, um "movie" de palavras certas, que nos traz a parte pictórica e em nossa mente, vemos um curta-metragem, um aspecto de um dos maiores problemas atuais, a busca do espaço adeqüado para ser e manter as riqueza ancestral , de cultura oral, por exemplo, os hábitos,pois mesmo que a modernidade os alcance, devem ter direito de manter vivos os ses costumes e histórias, sua História.
Lembro o maravilhoso livro chamado "Enterrem Meu Noração na Curva do Rio", de Dee Brown (Edt.PM). O poema de Claudio bento quer explicar porque os índios procuram os barrancos...Se estudarmos as tribos, as etnias brasileiras, poderemos entender porque o avô rio é tão importante para os indígenas...Jamais esquecerei a experiência vivida no centro cultural São Bernardo,em Belo Horizonte, MG, quando, a convite de Marco Lobus,então coordenador de saraus,fui conhecer, enfim , Ailton Krenak(*)de quem ele me falava tanto:em roda, de mãos dadas, cantamos e dançamos para o "avô rio", com todo o respeito devido.Muita emoção, olhos marejados.Ao pé da fogueirinha, pintados de urucum.
Clevane Pessoa de Araíjo Lopes
(cpotiguara@yahoo.com.br)
(*) Que no Governo de Minas Gerais, aqui no Brasil,toma conta das questões indígenas.Neste blog, postei um de seus belos textos.Ailton é cultíssimo e simples qual "o caminho que anda", as águas que não param, que seguem para cumprir ciclos vitais.
Os índios da minha aldeia
Caminham tristes vestidos de pobreza e solidão
Os índios caminham tristes
Pés descalços sobre o pó das estradas
Procurando o rio da infância de seu povo
Procurando a identidade perdida a tribo perdida a esperança perdida
A alma dessa gente está guardada
Na curva do rio da sua história
Sua história suja de sangue
Sua história encharcada de lágrimas
Por isso eles caminham à procura das barrancas do rio
Onde mora o seu coração
Cláudio Bento
Poeta e compositor,
Jequitinhonha - MG
Publicado originalmente em 05 de novembro de 2007
Fonte:meu blog de assuntos indígenas:
http://itaquatiara.blogspot.com.br/2007/11/onde-mora-o-corao-indgena.
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